TORRINHA e ZÉ FANDANGO - RIACHO DA PEDREIRA - CANTAGALO CD-503; PCD-0210


Uma das características fascinantes da musica sobre a qual se debruça nosso blog é a de imitar. Na sua obra Poética, Aristóteles destrincha entre outras faculdades da arte (se referindo principalmente à tragédia), exatamente essa: a de criar simulacros e mimeses.
Os sons do universo caipira literalmente invadem as gravações; passarinhada, carro de boi, moinho d'água, trem e por aí vai. Vai alem de trabalho de sonoplastia, tá na própria essência dessa musica, imita-se os bichos, seja na voz ou na viola, copia-se situações sagradas, narra-se causos ouvidos de caça e pesca... Tudo revivido mimeticamente em música!

Vejam, aqui, como a água, seja no monjolo ou deslizando pela cascata, se derrama pra dentro desse meigo arranjo - com direito até a violino!
Uma tetéia, não?

Mais uma produção de Pedro Sertanejo para a Cantagalo. Em breve aqui o primeiro dos compactos do selo, também de Torrinha e Zé Fandango.






PAPO PRO Á