Há uma enorme nação musical que, tendo no epicentro o estado de São Paulo, se estende ao Paraná, Minas, Goiás aos Matogrossos, alem do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Esse fenomenal país não obedece fronteiras e também pega parte da Argentina e do Uruguai.
Ainda que essa porção gaúcha e catarinense, pampeira e plateña, tenha características particulares, diferindo de todo o resto.
Contudo, um dos 'estados' de maior destaque nesse gigante país é o Paraguai.
Esse fenomenal país não obedece fronteiras e também pega parte da Argentina e do Uruguai.
Ainda que essa porção gaúcha e catarinense, pampeira e plateña, tenha características particulares, diferindo de todo o resto.
Contudo, um dos 'estados' de maior destaque nesse gigante país é o Paraguai.
Através da guarânia, rasqueados e huapangos pode se entender melhor essa nação e se vislumbra bem o quanto o Paraguai é irmanado do Brasil.
A musica do Paraguai entrou aqui, fonograficamente falando, pelas mãos do saudoso Raul Torres (1906-1970) no comecinho dos anos 40.
Creio, na verdade, que isso venha desde o contato dos povos pela guerra, na segunda metade do século XIX.
A harpa, instrumento que empresta tanta autenticidade à musica paraguaia (como ao joropo venezuelano) só veio pra cá mais tarde, em gravações dos anos 50.
Na década seguinte a guarânia se afirmou de vez aqui chegando inclusive à MPB, por exemplo com Gal Costa gravando India, em 1973. Ou antes, no Festival de 1968, o principal motivo alegado pelo juri para não dar o primeiro premio a Geraldo Vandré por Caminhando - Para não dizer que não falei das flores, é que a canção não era de um ritmo brasileiro!
Já na própria sertaneja, e posterior a Raul Torres, nota-se composições do genial Mario Zan, como os clássicos Chalana (parceria com Arlindo Pinto) e Ciriema (com Nhô Pai) entre outras. E antes, ainda em 1947, quando esse monstro da sanfona compôs e gravou a guarânia Nostalgias del Paraguay (com Sally, traduzida por Diogo 'Palmeira' Mulero e gravada pelo Duo Brasil Moreno, em 1958).
E outra, também com Arlindo Pinto: o rasqueado Cidades de Mato Grosso, gravada pelas Irmãs Castro, em 1949.
Essa ultima, linda metalinguagem, vale a audição no youtube de duas interpretações: a de Sérgio Reis, com harpa e tal e a de Praião e Praianinho, abrasileirada, num arranjo bem estapafúrdio... com órgão!
Creio, na verdade, que isso venha desde o contato dos povos pela guerra, na segunda metade do século XIX.
A harpa, instrumento que empresta tanta autenticidade à musica paraguaia (como ao joropo venezuelano) só veio pra cá mais tarde, em gravações dos anos 50.
Na década seguinte a guarânia se afirmou de vez aqui chegando inclusive à MPB, por exemplo com Gal Costa gravando India, em 1973. Ou antes, no Festival de 1968, o principal motivo alegado pelo juri para não dar o primeiro premio a Geraldo Vandré por Caminhando - Para não dizer que não falei das flores, é que a canção não era de um ritmo brasileiro!
Já na própria sertaneja, e posterior a Raul Torres, nota-se composições do genial Mario Zan, como os clássicos Chalana (parceria com Arlindo Pinto) e Ciriema (com Nhô Pai) entre outras. E antes, ainda em 1947, quando esse monstro da sanfona compôs e gravou a guarânia Nostalgias del Paraguay (com Sally, traduzida por Diogo 'Palmeira' Mulero e gravada pelo Duo Brasil Moreno, em 1958).
E outra, também com Arlindo Pinto: o rasqueado Cidades de Mato Grosso, gravada pelas Irmãs Castro, em 1949.
Essa ultima, linda metalinguagem, vale a audição no youtube de duas interpretações: a de Sérgio Reis, com harpa e tal e a de Praião e Praianinho, abrasileirada, num arranjo bem estapafúrdio... com órgão!
O rasqueado Barquinho é muito interessante porque adereçando a gravação há esse naipe de metais e violino, puro mariachis mexicanos!
Longe de ter sido invenção de Elbino e Cileno, o naipe mariachi na musica caipira ficou bem famoso com o carrilhão, ritmo imortalizado por Pedro Bento e Zé da Estrada no começo dos anos 60.
Longe de ter sido invenção de Elbino e Cileno, o naipe mariachi na musica caipira ficou bem famoso com o carrilhão, ritmo imortalizado por Pedro Bento e Zé da Estrada no começo dos anos 60.
O que dá liga a essa fenomenal nação que povoa o sudeste da América do Sul é a musica! Ainda que com nuances e adereços diferentes aqui e ali: trata-se de um só povo.
Mesmos modos de vida, mesma relação com a natureza e mesmíssima herança guarani.
Talvez outros fenômenos etno-musicais como o brasileiro-paraguaio ocorram por aí.
Fica a dúvida se tão grandes e interessantes!
A gravadora Senedisc foi transa de um tal Bento Sene, baseada na cidade de Mogi das Cruzes/SP. Possuímos alguns compactos do seu catálogo, incluindo outro de Elbino e Cileno.
Em breve.
Mesmos modos de vida, mesma relação com a natureza e mesmíssima herança guarani.
Talvez outros fenômenos etno-musicais como o brasileiro-paraguaio ocorram por aí.
Fica a dúvida se tão grandes e interessantes!
A gravadora Senedisc foi transa de um tal Bento Sene, baseada na cidade de Mogi das Cruzes/SP. Possuímos alguns compactos do seu catálogo, incluindo outro de Elbino e Cileno.
Em breve.
PAPO PRO Á